domingo, 18 de julho de 2010

COREN-SP e USP têm proposta de entendimento em relação ao curso de graduação de obstetrizes

O COREN-SP, em reunião com representantes da Escola de Artes, Ciências  e Humanidades (EACH) da USP, localizada na Zona Leste da Capital, recebeu dos representantes da Universidade uma proposta de readequação do curso de Obstetrícia oferecido pela instituição.

A proposta, que atende ao estabelecido pelas diretrizes curriculares do MEC para cursos de graduação em enfermagem, permite ao egresso do curso do câmpus Leste da USP ter desenvolvidas as mesmas competências adquiridas pelos alunos da graduação em enfermagem.

A proposta apresentada pela EACH foi encaminhada para o COFEN – Conselho Federal de Enfermagem – para análise e emissão de parecer, a fim de verificar que todos os requisitos para a concessão da inscrição
de enfermeiro aos alunos deste curso estejam contempladas. “Ao COFEN e ao COREN-SP interessa somente a efetiva solução desta questão, de forma que todas as partes envolvidas, mais a sociedade
usuária dos serviços de saúde, não sofram qualquer prejuízo”, resumiu o presidente do COREN-SP, Cláudio Alves Porto.

Fonte: COREN-SP

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Conselho de Enfermagem reconhece Obstetrícia da USP

Enfermeiro obstetriz será a denominação de registro profissional dos formados pela nova grade do curso de Obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP), válida a partir do próximo vestibular. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) afirmou à universidade que emitirá o credenciamento.
"Não há a necessidade de oficialização, já que a própria universidade se adiantou com uma nova proposta", disse o presidente do Coren, Claudio Alves Porto. Segundo ele, o assunto será abordado na próxima edição da revista produzida pelo conselho - com o intuito de tranquilizar alunos e professores que pediam uma garantia do Coren. Conforme adiantou o jornal O Estado de S. Paulo no sábado, a USP reviu a graduação oferecida no câmpus da zona leste, chamado de Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), depois de identificar que os formados não conseguiam o registro e, em consequência, aceitação no mercado. Com a nova grade, o curso terá a ampliação do número de disciplinas de enfermagem e maior carga horária. Para que consigam o registro, os alunos formados deverão cursar as disciplinas de complementação em um período que pode chegar a um ano.

A coordenadora do curso de Obstetrícia, Nádia Zanon Narchi, afirma que, com as mudanças e com o compromisso de registro, o interesse pela graduação deve ser maior no vestibular 2011. "Aumentando a carga horária e transformando o curso em diurno, tenho certeza que a concorrência vai crescer". Nádia ressalta, entretanto, que a graduação já tinha qualidade. "O entrave era de registro. Por isso, muitos ex-alunos passaram em concursos concorridos, pois são preparados e bem formados." Em 2006, Obstetrícia teve uma concorrência de 14,02 candidatos por vaga. Mas, no último vestibular, depois das dificuldades com o registro profissional, a relação caiu para 6,46.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reflexões sobre a base econômica do parto


No movimento feminista já se aponta há um tempão a questão da base econômica como pilar de uma estrutura social hoje existente e não deixa de ser assim com a saúde e o que nela é praticada.
Na Obstetrícia é corriqueiro vermos pesquisas mostrando índices alarmantes de intervenções “cirúrgicas” nos partos, sejam eles fórceps, extração à vácuo ou até mesmo a tão conhecida cesariana. Todo mundo se diz contra esse aumento abusivo dos índices, mas o que vemos de concreto no financiamento da saúde, tanto público quanto privado, para mudar esses números?
A remuneração no SUS e também nos convênios privados de saúde suplementar para o parto normal é menor do que o da cesariana, muito embora neste caso seja preciso uma dedicação de até 12 horas ininterruptas do profissional que acompanha o trabalho de parto e, na maioria das vezes, sem lançar mão de uso de aparatos tecnológicos. Mas incrivelmente os cirurgiões obstetras ganham mais por um procedimento de menos de 01 hora de duração, tempo de duração para grande parte das cesarianas realizadas.  O financiamento dos procedimentos define as políticas de saúde implementadas e, deste modo, escolher remunerar melhor o procedimento cirúrgico do que o normal é incentivar, mesmo que indiretamente, a intervenção médica. Chega de falácias, bom é atitude.

Paula Leal

terça-feira, 13 de julho de 2010

Carta resposta ao Estado de São Paulo

A título de esclarecimento e correção quanto à matéria “USP muda Curso de Obstetrícia...” da edição de sábado, 10 de julho, página A16, saliento que:

- não ocorre falta de aceitação de Obstetrizes pelo mercado de trabalho; o que acontece é a resistência ou o temor de enfermeiros que orientados ou pressionados pelo COREN-SP impedem a contratação ou demitem Obstetrizes, a despeito de sua boa classificação em processos seletivos;

- os formados pelo Curso de Obstetrícia não tem tido dificuldade em encontrar empregos, pelo contrário, existe demanda pelo profissional do mercado, das mulheres e das políticas públicas de saúde de nosso país;

- a carga horária total do curso passará de 3600 para 4260 horas;

- as alterações foram propostas pelos docentes do Curso de Obstetrícia, discutidas por comissão constituída pela Pró-reitoria de Graduação e aprovadas por todos os colegiados previstos nos regulamentos da USP;

- o curso não requer credenciamento junto a nenhum órgão de registro profissional; os egressos solicitam registro no Conselho de Enfermagem (COREN-SP) com base na Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, que estabelece a qualificação de Obstetrizes como equivalente à de Enfermeiras Obstétricas como, aliás, tem sido reconhecido nas decisões judiciais;

- quanto à nova carga horária e à necessidade de mais docentes, a signatária disse que em 2010, por ser ano eleitoral, não há possibilidade de contratação imediata. Há, porém, concursos autorizados para novos docentes, além de outras vagas sendo devidamente providenciadas junto às instâncias decisórias da EACH;

- é indispensável corrigir a informação do título (“formados terão de voltar à universidade”). O que a USP oferecerá é a possibilidade de uma complementação que, ao que se espera, facilitará registros profissionais aos interessados.

Profa. Dra. Nádia Zanon Narchi
Coordenadora do Curso de Obstetrícia
Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP
Av. Arlindo Bettio, 1000 – Ermelino Matarazzo – São Paulo/SP
E-mail: nzn@usp.br
Fone: 3091-8847