sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Carta de repúdio ao COREN-SP

A carta que segue foi lida no dia 28 de Novembro de 2010 na mesa redonda "Formação de obstetrizes e parteiras profissionais", durante a III Conferência Internacional sobre Humanização do Parto e Nascimento.

É uma moção de repúdio que algumas obstetrizes quiseram expressar em decorrência da repressão que o COREN-SP tem apresentado em relação a nossa inserção no mercado de trabalho. Esta instituição tem nos difamados através de matérias e discursos na mídia e embora a lei do exercício profissional nos inclua dentro do quadro de enfermagem, conseguimos o nosso registro no COREN-SP, até o atual momento, somente através de mandado judicial. No blog, dentro da categoria "Direitos" existe uma postagem com a lei do exercício profissional para esclarecer de qual direito estão nos negando e também um artigo-resposta que foi publicado no Jornal da USP no inicio de 2010 em resposta a primeira matéria publicada na revista do COREN-SP difamando o curso de Obstetrícia, o título deste artigo-respsota  é "Obstetrícia: Do sonho ao pesadelo".

Uma terceira matéria na revista do COREN-SP, que em breve esteremos postando aqui, foi o que gerou esta moção de repúdio, pois a partir desta posição o curso de Obstetrícia tentando resolver este impasse, fez uma negociação gerando a convação para a complementação da nossa graduação para podermos receber o registro definitivo no COREN-SP, já que em relação as próximas turmas de obstetrizes, após terem sido feitas algumas mudanças curriculares pelo curso de Obstetrícia o COREN-SP acordou que a nova grade satisfaz o currículo mínimo para formação de enfermagem, embora não cansemos de dizer que nossa formação, embora com conhecimentos e competências comuns, não é de enfermagem!

Esta é uma moção de repúdio à uma instituição conservadora e autoritária. Repúdio ao uso do poder que dita a nós obstetrizes formados pela Escola de Artes Ciências e Humanidades que não deveríamos existir. O Conselho tem divulgado e insistido que não somos competentes ou suficientemente qualificados, que a nossa formação é incompleta. Esta difamação tem impedindo a grande maioria dos atuais obstetrizes de começar a trabalhar nos serviços de saúde público e privado.

Não é tão simples ditar esta interdição, trata-se de um curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação, a quem realmente compete autorizar o currículo para a nossa formação, e trata-se de uma Universidade Pública cuja competência, excelência e responsabilidade é internacionalmente reconhecida.

As recentes mudanças no currículo deste Curso são positivas? Certamente que são! E nasceram de discussões que se fizeram e se fazem antes da primeira turma se formar. São mudanças que fortalecem e aprofundam a formação de obstetrizes que estão à caminho. Mas isto não significa que o projeto inicial já não possuía uma excelência, competência e diferencial para a formação de novos obstetrizes.

Somos novos obstetrizes porque esta é uma formação antiga no Brasil e no mundo. Somos novos obstetrizes, porque a formação anterior de obstetrizes precisou de mudanças, assim como acreditamos que a formação de todos os profissionais passam e necessitam de mudanças e transformações sempre, faz parte do processo educativo e político e cabe às instituições de ensino, em consonância com a sociedade, pesquisar e promover estas mudanças.

As mudanças são necessárias e vitais e se o objetivo comum realmente for a excelência, o engajamento, a responsabilidade e o comprometimento com a formação dos profissionais, algo está muito equivocado. Consideramos esta postura um abuso do poder que impedi a atuação da(o)s obstetrizes que já se formaram.

Continuamos dizendo ao COREN-SP que nós não viemos com erro de fabricação! Nos formamos como obstetrizes e queremos atuar como tal. Nos impedir de trabalhar e iniciar nossa jornada vivenciando e ganhando experiência no nosso ofício é uma covardia sem tamanho. Mas vamos continuar aqui, presentes, em pé, pronto para oferecer nossa mente, mãos e coração.

Acreditamos na nossa profissão, nos nossos conhecimentos e nas necessárias mudanças para a Assistência e a Cultura em relação à gestação, ao parto, ao nascimento e ao acompanhamento das puérperas e seus bebês.

Voltamos para ficar e como diria a velha roqueira paulistana Rita Lee “Os acomodados que se incomodem”!


Bianca Dias Amaral - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2008.
Bruna Vazamim Cumpri - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Caroline Senicato - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2008.
Cláudia de Azevedo Aguiar - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Danyelle Farias - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Maíra Fernandes Bittencourt – Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Mariana Lourenzem Viginotti - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Mariane de Oliveira Menezes - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2008.
Paula Leal - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2008.
Priscila Ribeiro Raspantini - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.
Tatiana de Sousa - Obstetriz formada pela EACH-USP turma 2009.

3 comentários:

  1. BOM DIA:gostaria de fazer uma denuncia ao corem de s.paulo referente ao comportamento,irma maria aparecida de jesus!{irmã?}refernte as coisas erradas que estão ocorrendo dentro do hospital são PAULO em campos do jordão.A a irmã alem de dar ordens erradas,as enfermeiras,que compromete o corem das mesma,agora deu para agredir verbaumente e fisicamente,eu trabalho há 30 anos como axiliar de enfermagem,não tenho nada que dsesabone minha condulta, MORAL Eprofissional e :a faculdade da minha filha foi paga com muito sacreficio,trabalhei noite e dia,e apesar de estar aposentada continuo trabalhando com o mesmo amor,os acontecimentos esta tirando da minha filha o amor pela porfissâo nâo so ela foi agredia pela aparecida de jesus,sabe porque minha filha tem medo de ser mandada embora ele tem 2 filhos pequeno pra criar e esse é o seu 1 emprego,esta no hospital há 9 meses,se miha filha perder o corem por ser obrigada a fazer coisas,que não condis com as regras do corem vou tomar desisôes judiciais,ela me pediu pra nâo contar nada ao diretor do corem essa SEMANA JA FOI AGREDIDA 2 ENFEMEIRAS UNIVERSITARIAS,ELA DISSE QUE ESTA SE SENTINDO UM LIXO!PELO AMOR DE DEUS CADE NOSSO COREM JUSTÇA,A TEREZA DE JESUS FAZ A COISA BEM FEITA CHAMA AS ENFERMEIRAS DENTRO DE QUARTOS VAGOS E TRANCA A PORTA PROVAR COMO? ESSA SENHORA NÃO TEM CONDIÇÃO PSICOLOGICA E NEN EMOCIONAL PRA ASSUMIR A DIREÇÃO DE HOSPITAL!PROVEDINCIA POR FAVOR OS FUNCIONARIOS VIVEM A BAZE DE AMEAÇAS QUEM NÃO TIVER CONTENTE,PEÇA DEMISSÃO,ONDE ESTAMOS?ACREDITO E CONFIO NA PROVIDENCIA DIVINA E PRINCIPALMENTE NO COREM QUE DEUS ME DE CAILMA PRA LIDAR COM ESSE PROBLEMA TÃO SÉRIO.AGUARDO PROVIDENCIA.OBRIGADA

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  2. O coren é uma máfia que gosta de dinheiro se a categoria profissional não é apta porque eles cobram anuidade?

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  3. Gostaria de fazer um alerta sobre a falta de funcionarios da enfermagem no hospital das clinicas de sp,o que faz com que para não defasar ainda mais a escala a divisao de enfermagem coloque para cuidar de pacientes funcionarios com problemas psquiatricos,funcionaros com histórico de agrssividade que estão colocando em risco a vida dos pacientes .solicito uma averiguação e conduta,pois isso jamais deveria acontecer no maior complexo hospitalar da américa latina,isso jamais deveria acontecer em qquer hospital>Solicito que façam a secretaria da saúde tomar providências.

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