segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pesquisadores vão investigar motivos que levam a mulher a optar por parto normal ou cesariana

Partos programados pode estar relacionada ao aumento de bebês prematuros no país


Parto normal dimunui riscos de infecção e difculdades respiratórias e facilita a amamentação, diz médica .Publicidade..Uma equipe de pesquisadores da ENSP (Escola Nacional de Saúde Pública), ligada à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), vai investigar os motivos que levam a mulher a optar pelo parto normal ou pela cesariana e avaliar que consequências a escolha pode trazer para a mãe e o recém-nascido.

Com base em 24 mil entrevistas que serão realizadas em hospitais públicos e privados em todos os estados, os pesquisadores procurarão saber quais fatores influenciam a escolha pelo parto normal ou pela cesariana.

O projeto está sendo conduzido em parceria com o IFF/Fiocruz (Instituto Fernandes Figueira), universidades estaduais e federais e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Os resultados devem ser apresentados até o fim deste ano.

De acordo com a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Maria do Carmo Leal, que coordena o estudo, a alta incidência de cesarianas no país, principalmente em hospitais da rede privada, pode estar relacionada ao aumento do número de casos de bebês prematuros.

Segundo Maria do Carmo, quase metade (47%) dos 3 milhões de partos que ocorrem anualmente no país são feitos por cesariana. Nos hospitais públicos, as cesarianas representam 30% dos nascimentos e, nas unidades particulares, 80% do total. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o percentual fique entre 15% e 20%.

A médica citou estudos que apontam relação entre o crescimento do número de cesarianas, cerca de 44% nos últimos 33 anos, e o aumento da prematuridade, que com alta de 130% em 22 anos.

- Queremos entender por que isso vem ocorrendo e se esses fatos estão relacionados à forma de assistência ao parto. Afinal, a medicina é cada vez mais intervencionista em todas as áreas e também no nascimento.

Ela ressalta que a cesariana é importante quando há risco de complicações para a mãe ou necessidade de salvar a vida do bebê, mas diz que, na maioria dos casos, não é esse o motivo da intervenção médica.

Segundo a médica, embora haja padrões que indiquem que o bebê está pronto para nascer, nenhum exame é capaz de determinar seu total amadurecimento.
- Só é possível saber isso quando a criança 'avisa'. Afinal, o processo de amadurecimento varia, e umas precisam de mais tempo do que outras. Por isso, para um bebê que iria nascer com 40 ou 41 semanas, nascer com 38 semanas é prematuridade.

Tecnicamente, porém, os bebês não são considerados prematuros a partir da 37ª semana de gestação. Segundo Maria do Carmo, o indicador mais frequente de um nascimento antecipado é a imaturidade respiratória. Para a mãe, entre os problemas que podem ocorrer em função do parto cesariano, estão maiores possibilidades de infecção devido à cirurgia e mais dificuldade para amamentar o bebê.

Foram esses riscos que levaram a publicitária carioca Aline Barbosa a optar, logo no início da gestação, pelo parto normal. Ela disse à obstetra que fazia questão do parto normal e começou a fazer sessões de ioga para gestantes no terceiro mês de gravidez, para preparar o corpo para o nascimento do bebê.
- Tinha muito medo das possíveis complicações de uma cirurgia. Além disso, a recuperação no pós-parto é mais difícil em caso de cesariana.
Segundo a publicitária, muitos médicos encontram nos exames feitos durante a gravidez diversos motivos para indicar a cesariana. Seu caso, porém, foi diferente. Aline deu à luz, em parto normal, Maria Clara. A menina nasceu com 48 centímetros e pesando 3,6 quilos.
- Não tive problemas. Minha médica me orientou e fez de tudo para viabilizar o parto normal. Muitas mulheres têm medo do parto normal porque não sabem o que está acontecendo com o corpo. Por isso, buscar informação faz diferença. Não ameniza a dor, mas garante maior tranquilidade.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

CNTS convida ministro a participar do seminário sobre condições de trabalho

Os dirigentes da CNTS aproveitaram a oportunidade do encontro com o ministro Alexandre Padilha para comunicar e convidá-lo para a solenidade de abertura do Seminário Nacional sobre as Condições de Trabalho dos Trabalhadores na Saúde, a realizar-se no dia 30 de março de 2011, a partir das 9h00, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, sob a coordenação da Comissão de Legislação Participativa e colaboração da CNTS, ABEn, Cofen e FNE.

No documento entregue ao ministro, a Confederação ressalta que a ampliação do debate acerca das condições de trabalho dos profissionais da saúde se faz urgente e necessária diante dos fatos recorrentes de assistência inadequada e, por vezes, de consequências dramáticas, e visa reforçar a discussão quanto à formação, à qualificação e execução das atividades, abordando todo o ambiente de trabalho.

Mais que reconhecer os erros e/ou julgar os profissionais envolvidos e ainda generalizar para toda a categoria a má atuação de alguns profissionais, a CNTS destacou a necessidade do trabalho conjunto entre governo, parlamento, empregadores e trabalhadores no sentido de refletirem sobre os acontecimentos, buscando corrigir as causas e adoção de medidas de prevenção para o trabalho em saúde, que levem em conta as necessidades e as reais condições em que os trabalhadores da saúde prestam atendimento à população.

“Essa discussão passa pela análise da real situação da saúde no país, pelo sub-financiamento e má gestão do setor, pela degradação das instalações e falta de equipamentos, pela superlotação de pacientes e escassez da mão de obra, pela necessidade de qualificação permanente e continuada, pela adoção de políticas de recursos humanos e de valori zação profissional. Enfim, o debate deve ter como objetivo assegurar o fortalecimento e reorganização do SUS, a recuperação das unidades hospitalares, qualificação profissional, condições dignas de trabalho e, consequentemente, condições para a assistência integral e de qualidade à população brasileira”, ressalta o documento da Confederação.


Fonte ; CNTS
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Enfº Adilton Dorival Leite

Seção de Apoio e Desenvolvimento do Profissional-SADP

Serviço de Recursos Humanos

Hospital da Mulher Prof Dr José Aristodemo Pinotti

CAISM / UNICAMP



F. (19) 3521.8513

E-mail: adilton@unicamp.br

Blog: http://adilton2.blog.uol.com.br/