quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Respiração durante o parto: o auxílio do profissional

 A consciência dos movimentos respiratórios auxilia todas as pessoas em diferentes momentos da vida. No estresse sabemos que se conseguirmos respirar amplamente, aos poucos, o corpo vai relaxando e nos acalmamos.

Geralmente quando estamos sob pressão (por medo, ansiedade, dor, constrangimento) tendemos a respirar superficialmente.

Se estamos acompanhando a mulher durante o trabalho de parto e parto e percebemos que ela está com um padrão respiratório deficitário (segura a respiração, não inspira ou não expira bem), podemos lembrá-la da importancia de retomar um ritmo e a profundidade da respiração.

No entanto, nem sempre o padrão que entendemos ideal é possivel de ser desempenhado, principalmente se esta mulher não teve tempo de "aprender" a respiração ideal.

Se é para sugerir uma respiração, é a profunda e longa, inspirar pelo nariz e soltando o ar suavemente pela boca, podendo vocalizar ou não.

Uma mulher bem conectada con seu ser interior geralmente se conecta também com sua respiração. Quando a mulher está assustada, é bom respirar junto com ela. Inspirar e exalar o ar prestando a atenção nisso permite uma conexão melhor com o processo. Desta maneira ela se entra num estado alterado e mais instintivo de consciência.

A questão do poder preocupa quando nos achamos na condição de "sabedores" de tudo, conhecedores das técnicas e as impomos ao outro. É importante lembrar que o cuidado amoroso não permite esse tipo de abuso... ele se auto-regula.


Notas do Curso Humanização, Módulo Parto, formadora Roselane Gonçalves, enfermeira obstetra e professora USP Leste, e contribuições de María Vergara, doula argentina.



Postado por Adriana Tanese Nogueira no Humanização Esperta em 8/18/2010. Disponível em:

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