quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Seminário debate regulação e regulamentação das profissões de saúde no Brasil

Entre os dias 18 e 19 de agosto de 2010, gestores e trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) conselhos de profissões e associações técnico-científicas das profissões de saúde estiveram reunidas no Seminário Profissões de Saúde: Interdisciplinaridade e Necessidades Sociais do SUS para discutir a regulação e a regulamentação das profissões de saúde no Brasil.


As discussões do seminário são em torno de temas como as recentes transformações do mundo do trabalho e o impacto no setor saúde; o processo de educação na saúde; o perfil das profissões de saúde; aspectos jurisdicionais das profissões; cenários de mudanças do processo de trabalho nas equipes de saúde; produção de serviços de saúde e as demandas e necessidades dos usuários; responsabilidade social e controle social no âmbito do SUS.

Para a diretora do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Maria Helena Machado, o seminário é um marco histórico. “Esse seminário é um momento importante, pois reúne atores fundamentais das 14 profissões da saúde, entidades que muitas vezes não se falam e agora estão presentes para debater e dizer o que precisamos e o que queremos para o SUS”, avalia.

O evento foi acompanhado por conselheiros do CFP, entre eles Jureuda Guerra, que destacou a importâcia do momento para discutir o trabalho interdisciplinar na saúde, questão trazida na conferência de abertura do seminário. “É fundamental trabalhar com um conceito mais amplo de saúde, com um olhar integral, que enxergue o sujeito de forma mais ampla não só na perspectiva da doença, mas do por que ele adoece”, indicou. A conselheira disse ainda que é cada vez maior o número de psicólogos que atuam na saúde, pois é amplo o espaço a ser ocupado pelos profissionais da Psicologia na área, em equipes multidisciplinares.

A presidente da Federação Nacional dos Psicólogos (Fenapsi), Fernanda Magano, falou sobre a preocupação de o debate ser colocado pela perspectiva das quatro profissões tidas como “naturais” da área, odontologia, medicina, farmácia e enfermagem, o que desrespeita as outras dez profissões da saúde contidas na Resolução nº 287/1998 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). “Para nós da Psicologia é fundamental o respeito e o reconhecimento social das profissões em uma igualdade de tratamento”, afirmou. Para ela, é importante que este viés seja superado e os trabalhadores da área sejam valorizados.

O evento foi realizado pela Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde instituída no âmbito do Departamento de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde no Ministério da Saúde e a Comissão Intersetorial de Recursos Humanos – CIRH/CNS.
 
Notícia publicada no site POL - Psicologia on line. Disponível em:
http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/noticias/noticia_100818_001.html

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